A série intitulada descoberta endereça para o artista
Tom Meanda algumas questões importantes no tocante ao seu fazer artístico, seu relacionamento com a artista
Carol Tudili (que se descobre posteriormente coautora deste trabalho) e o significado da feitura dessas obras nos dias de hoje.
Vindo de um período de estiagem na sua produção relacionado com seu tratamento para síndrome do pânico, o encontro com sua atual parceira faz algumas movimentações essenciais para o surgimento de uma nova fase no seu trabalho. O desejo de descobrir mais sobre o outro, se descobrir através do outro... olhar pro outro, sentir, e descobrir sobre si mesmo. Toda essa dinâmica se vê refletida nas obras desta série, que segundo o artista começou muito despretensiosamente em um que seria como “exercícios de modelo vivo” porém atravessado por sentimentos novos em um contexto de intimidade.
Pouco a pouco a série foi tomando corpo, explosões de cor foram surgindo com o interesse de comunicar emoções que apareciam diante do corpo observado e questionamentos sobre o significado desses trabalhos nos dias de hoje, traçando um paralelo com o significado dos nus femininos na história da arte, também.
Segundo John Berger no livro ways of seeing a maior parte de pinturas de nus femininos eram uma invenção de homens artistas destinadas a seduzir e mexer com a imaginação de homens expectadores. Portanto pouco tinham a ver com os interesses e sexualidade femininas de fato. Com isso em mente Tom e Carol concluem que este é um trabalho pensado por um homem e uma mulher destinado a mulheres, homens e pessoas de todos os gêneros.
Artista convidado:
Tom Meanda
Coautoria:
Carol Tudili
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