Descoberta n.41
Cadastrado em 06/03/2023
R$ 5.600,00
Data:
2022
Tipo de obra:
Pintura
Técnica:
giz seco e guache sobre papel craft
Dimensões:
A 1,35 x L 1,20 x P 0,02
Localização:
Ateliê do artista
Cor primária:
verde
Cor secundária:
roxo
Descrição:
Descoberta (série)
O título endereça algumas questões ao mesmo tempo, como: estar “descoberta” vai além da nudez física. Eu descobri o meu lugar de fala nesse trabalho durante o processo e, o fato de a Carol ter sido co-autora desta obra, não foi premeditado mas sim uma descoberta a respeito da minha própria pesquisa. A obra é um híbrido da linguagem do desenho e da pintura. Desenho em cima da tinta e as vezes esculpo a tinta molhada com o giz seco tentando criar um diálogo rico entre esses materiais que, nasceram a princípio da falta de dinheiro mas que agora fazem todo sentido na linguagem deste trabalho. Desenho sobre uma pré pintura abstrata deixando resquícios desta imagem inicial na imagem final e o resultado deste diálogo ajuda a criar a poética metaforizando por exemplo o que a figura desta mulher causa sobre mim.
Resultado de uma pesquisa sobre o nu da mulher, mais especificamente a minha parceira (Carol Magalhães) artista, e como um homem heterossexual pode ser sensivel e enxergar a mulher com um corpo empoderado e como agente de mudança. Não posso me colocar como se soubesse como é ser mulher, mas sei dizer o que sinto diante do corpo dela, e sei dizer muito bem como o machismo me machucou durante os anos. A obra está sim em uma posição de embater a norma dentro da história da arte. “ Os nus na historia da arte se utilizaram de uma musa, para seduzir o espectador, para embelezar, provocar a imaginação sempre do observador. Não é sobre a sexualidade dela, mas sobre a dele. A sexualidade e as vontades da musa não interessam, não são a questão. A proposta é subverter essa lógica, tanto o papel do retratado, do feitor e do expectador são questionados” Carol Magalhães.
Créditos: Carol Magalhães (Co-autora), Mô Borba (Curadoria e crítica)