O artista plástico caiçara Alan Richer, se utiliza do impressionismo para pintar paisagens naturais de Paraty ao ar livre. Utilizando sua "bicicleta atelier" para intensificar o contato com a natureza, tem acesso a lugares mais isolados para melhor observação, pesquisas e difusão de uma consciência ecológica mais coletiva.
Através de diversas técnicas de desenho e pintura, seu trabalho também retrata a fauna e a flora brasileira, registrando os ecossistemas preservados e áreas com ameaças de degradação; como também animais raros e ameaçados de extinção.
Trabalha sua obra pela Mata Atlântica, pelos manguezais, pelos animais que ali vivem, pelos rios, nascentes, cachoeiras, montanhas de vegetação densa e pelo mar e seus povos que ali habitam.
O contato direto com todos esses elementos, observando com seus próprios olhos, estudando as mudanças sazonais, torna sua obra inseparável da natureza, uma manifestação de suas próprias funções.
Alan Richer é defensor da natureza e de sua cultura caiçara, que tem a característica de viver em harmonia com os ciclos naturais e está em constante ameaça.
Sua arte é um manifesto pela defesa dos ecossistemas e consciência de sua importância, principalmente da região onde vive, banhada pela Mata Atlântica, pelo mar e seus manguezais.
Além de artista plástico também é arte educador, utiliza a mesma temática de arte naturalista em escolas e instituições para que os povos tradicionais reconheçam e valorizem seu próprio território, como também os visitantes.
Define a arte como meio responsável pela evolução da espécie humana, e a pintura como máxima expressão do espírito humano e sua capacidade de manifestar o inconsciente e as funções da mente e da alma, como propriedade da singularidade da vida e suas manifestações.