(São Bernardo do Campo, 1990)
Sou artista visual, designer e produtor cultural não binárie, nascide “tão sem boca, tão sem lábios, tão sem fala compreensível” assim como é descrita a personagem do Colibri da linguista brasileira Conceição Evaristo. Sou bacharel em Artes Visuais pela UNESP. Minha pesquisa parte da iconografia da fissura labiopalatina e se expande para outras percepções de fissuras, partindo da interpretação do espaço como deficiente e não do sujeito. Através de minha produção, exploro as múltiplas camadas de significado que as fissuras podem carregar, bem como as possibilidades de transformação e reinvenção que elas oferecem. Meu trabalho destaca-se pela habilidade em misturar técnicas e suportes diversos, criando assim uma linguagem visual da fissura como arquétipo de união e a fratura como violência e separação. Recentemente recebi prêmio de 1° lugar no 28° Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (2022) e o ProAc Editais (2021 e 2022). Em 2023 fui convidado por Claudio Bueno, João Simões e Vânia Medeiros para participar da Publicação Nossa Voz - Casa do Povo com o texto “Raios, Relâmpagos e Trovões”, cujo o escopo “Céu da Boca” tratando-se principalmente de corpes dissidentes.