Vive e trabalha em um sítio isolado em meio à Mata Atlântica no município de Niterói, RJ.
Sua formação artística se deu principalmente na EAV-Parque Lage, onde fez diversos cursos desde 1994 até o presente, destacando-se pintura com Beatriz Milhazes e Luiz Ernesto e desenho de observação com Manoel Fernandes. De 2005 em diante, voltou-se para trabalhos tridimencionais e ingressou na Oficina 3D sob a orientação de João Carlos Goldberg. Outros cursos importantes foram Acompanhamento de Projeto com Franz Manata e atualmente cursa Poética Expositiva, com Sônia Salcedo.
Participou de diversas exposições coletivas, dentre as quais se destacam: 1994, Produção e Abandono, no Paço Imperial em parceria com a artista nova iorquina Kate Taverna; 1994, Abriu 94, na EAV-Parque Lage; 2009, Novíssimos, Galeria do IBEU/RJ/Copapacabana; 2010, Videossíntese, em parceria com a Vídeo artista Moana Mayall na EAV-Parque Lage.
Texto do galerista e curador Rafael Fortes Peixoto:
Quais serão os limites entre o mundo biológico e aquele criado pela tecnologia humana?
Ou ainda, o que são essas fronteiras?
As obras de Bromélio penetram esses mundos, relacionando-se numa espécie de vida pós-
biológica, em que a natureza, o fazer humano e o fazer artístico misturam-se em esculturas
extremamente integradas ao ambiente físico que estão. Não a toa, a recorrência formal de
conexões, entrelaçados, brechas e sulcos sugerem não só a apropriação de formas
orgânicas na constituição de suas esculturas, mas também esse limiar tênue de mundos,
permitindo, e às vezes propondo, que a peça seja ocupada por fungos, liquens e outras
formas de vida natural.
Em tempos de pandemia, em que a natureza se recupera a passos largos na ausência da
opressora ação humana, a obra de Bruno traz um relação, que longe de carregar os ismos
do certo ou do errado, vê um mundo correlacionado, em que a mão do homem, e nesse
caso do artista, não tem menor ou maior importância do que o fluxo natural da vida biológica
na Terra.