Francisco de Assis Torres, ou simplesmente Assis, nasceu em Mutum, Minas Gerais, em 1963.
O seu primeiro contato com a pintura foi aos 14 anos, ao visitar a escola de Walter Lúcio, onde fez os seus primeiros quadros.
No ano de 1978, Assis foi para Juiz de Fora estudar Edificações. Na ocasião, visitou uma exposição de Carlos Bracher, que o deixou impressionado pelo colorido e vigor das pinceladas. Também nessa época, ele descobriu o Núcleo Antônio Parreiras, onde toda semana ia desenhar. Pouco tempo mais tarde, Assis começou a frequentar o Museu Mariano Procópio e teve o privilégio de ver de perto as obras famosas de Pedro Américo, Rodolfo Amoedo e tantos outros. Naquele ambiente tranquilo, começava a nascer o sonho de ser artista.
Em 1981, Assis conheceu Inimá de Paula, para quem mostrava seus trabalhos quando ia a Belo Horizonte. Em 1982, ele trabalhou por um breve período com Inimá, voltando em seguida para Mutum. No ano de 1983, Francisco Assis recebeu uma carta de lnimá convidando-o para ir morar e trabalhar com ele. Assis recebia aulas de desenho e pintura, enquanto fazia trabalho no ateliê.
Porém, mais importante do que as aulas eram as longas horas de conversa com Inimá, os valiosos conselhos e, acima de tudo, a amizade. Nesse período, Assis aprendeu entre outras coisas a amar a arte e a pintar com seriedade e paixão. Um dia, Inimá disse-lhe: “Creio que você será o poeta de sua obra. A solução para o problema da cor e da composição está dentro do seu coração”.
Hoje, quando pinta, Assis expressa através da cor, a sua alegria de viver e a sua maneira de ver a mundo que o cerca. Em uma de suas declarações, Assis descreveu a beleza da pintura: “Creio que nisso está a beleza da pintura: na oportunidade de expressar sentimentos de revolta, dor e felicidade: na capacidade que ela nos dá de eternizar momentos da vida, e na possibilidade de transformar a mundo, ainda que tudo isso seja feito apenas com tintas, pinceis e muita emoção”.