Meu nome é Esther Zancan. Tenho 44 anos, nasci em Campinas, no interior do estado de São Paulo, mas sou moradora de Praia Grande, no litoral paulista, atualmente.
Sou jornalista de profissão, graduada em Comunicação Social pela Universidade Santa Cecília (Santos-SP). Atualmente atuo como jornalista no Sistema Costa Norte de Comunicação, também do litoral paulista.
A paixão por artes em geral vem desde criança. Fui daquelas que muitas vezes preferia uma ida a uma papelaria, com sua infinidade de papéis e lápis, do que a uma loja de brinquedos.
Comecei pelos artesanatos, mas foi na colagem analógica que me encontrei como artista.
Tudo começou ainda em 1999, quando tinha 19 anos. De uma mania de adolescente, de guardar recortes para decorar os famosos diários, surgiu a ideia da primeira colagem. Aquela confusão de imagens de certa forma fez sentido para mim, e a tornei um todo coeso. Passados mais de 20 anos, ainda possuo essa primeira arte.
Durante os anos, a colagem era para mim apenas um hobby, algo que fazia para relaxar. Desde o processo de garimpagem dos recortes, grande parte deles vinda da extensa coleção de revistas antigas que minha avó Helena me deixou, até o processo de recortá-los e, enfim, transformá-los em uma obra, tudo era prazeroso.
Apenas em 2018 vi uma oportunidade de expor minhas colagens, na plataforma Urban Arts (https://www.urbanarts.com.br/estherzancan).
Durante a pandemia de covid-19, em 2020, também tive a honra de participar de um evento online da Universidade do Papel, de São Paulo, que reuniu artistas da colagem de toda a América Latina e Portugal.
Obviamente, como quase todo artista, sinto uma inquietação que me faz enveredar por outras técnicas vez ou outra, como pintura, ou até mesmo a colagem digital, tão em voga atualmente. Mas, como expliquei anteriormente, meu prazer na arte da colagem analógica passa pelos três estágios (garimpagem, recorte e montagem), logo, mesmo quando passo por hiatos de pensamento criativo ou os deveres da vida cotidiana me obrigam a ter intervalos na produção de novas artes, sempre me vejo, leve o tempo que for, voltando para essa paixão.
Aliás, sempre faço uma analogia dessa paixão pela colagem com a minha outra paixão, o jornalismo. Para quem está de fora, pode parecer que são duas áreas completamente diferentes. Pois, em minha mente (e coração!), as duas tem muito a ver, pois, uma colagem nada mais é que um texto composto de imagens, e um texto é uma colagem de palavras.
Tento passar para minhas obras a ideia de “explosão de ideias”, para causar o efeito, em quem observa, de instigar a atenção aos pequenos detalhes que formam o todo, do mesmo modo que fazemos em uma leitura. Cada obra minha é um pequeno universo.
Em 2022, também tive a honra de ser uma das participantes do 28º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande, com três colagens. Foi um dos momentos mais marcantes de minha trajetória como artista.