Sentada em um banco azul, uma senhora carrega em sua postura a sabedoria do tempo vivido. No colo, um cão — símbolo da passagem veloz dos dias, mas também da simplicidade e da felicidade no presente. Acima dela, uma coroa flutuante reforça a ideia de realeza cotidiana, uma rainha que não governa sobre riquezas, mas sobre lembranças, silêncios e afeto. A obra utiliza técnicas mistas para criar camadas visuais e simbólicas. O fundo escuro, coberto por rabiscos brancos e respingos de tinta, representa o fluxo do tempo, o caos da vida e a beleza que emerge da imperfeição. A paleta combina o azul da serenidade com o dourado da nobreza silenciosa, construindo uma atmosfera de respeito e contemplação. “A Rainha do Tempo” é um tributo à dignidade do envelhecer, à beleza das coisas simples e à lealdade daqueles que vivem o agora com plenitude.