Maria Durand nasceu em João Pessoa na Paraíba, se apaixonou pelas artes ainda criança. Por volta dos 09 anos de idade já encenava papéis em frente ao espelho. Aos 27 anos de idade quando se divorciou do pai das suas filhas, foi que ela correu atrás dos seus sonhos. Já formada em Admistração de Empresas, entrou como graduada no curso de bacharelado em Teatro na UFPB, não chegou a concluir, mas no mesmo ano tirou o DRT (registro profissional de atriz) e, começou a exercer a função de atuante de forma profissional.
De lá para cá foram 14 anos respirando arte! Nas artes cênicas atuou no teatro, TV e audiovisual, participando de peças de teatro, comerciais, leituras dramáticas e curtas metragens. Mas, no ano de 2016 sua vida artística teve um impulso diferente, uma nova visão se abriu quando a artista Maria Durand fez uma viagem para estudo da língua espanhola no México e, nessa mesma oportunidade mergulhou na cultura daquele país por quase 4 meses, foi nesse período que a Maria Pintora começou a nascer.
No final de 2016, já no Brasil, começou a experienciar com as tintas em tecidos e durante o seu percurso intuitivo se descobriu pintora. Foi exatamente na pandemia que ela imergiu quase que 24h por dia em estudos incansáveis, testes e descobertas de uma habilidade que parecia já ser embrionária no seu ser, e nasceu naquele ano as criações em telas. Iniciou os processos de pintura com tinta óleo, mas como sempre foi muito imediatista, a tinta a óleo não seria um bom parceiro nessa jornada, foi então que começou a trabalhar com a tinta acrílica.
Nessa jornada surpreendente de descobertas e talentos, chegou a criar obras mais realistas, porém isso não durou muito. Quando mergulhou nas obras de Pollock e Kandisky encontrou no abstracionismo o seu verdadeiro mundo. De inicio não existia uma linha para pintar, um traço, uma identidade, mas havia uma característica bastante peculiar nas suas obras, pois o preto sempre estaria lá, seja com qual paleta ela fosse usada, sempre haveria o preto, o mesmo preto que ela ama usar em seu vestir no dia a dia, o preto faz parte da sua vida e criações.
Final de 2020, início de 2021, a artista começou a se encorajar e depois de várias obras que julgou imperfeitas e foram jogadas ao lixo, ela decide colocar nas plataformas digitais as suas criações, e para sua surpresa a autocrítica deu lugar a aceitação de que, de fato, seu trabalho era bom, e esse bom se tornou muito melhor. Em setembro de 2021 ela lança sua primeira vernissage, intitulada “ Pensamentos”, foi um grande sucesso e teve ótima crítica dos presentes. Em dois anos e meio foram mais de 200 obras criadas, todas únicas, exclusivas e autorais, vendendo seus trabalhos dentro e fora do Brasil. A cada dia são novas descobertas e experiências com as tintas, paletas, ferramentas de trabalhos, sempre dando lugar ao novo e resultando em criações cada vez melhores.
Seu trabalho é intuitivo, autoral e a artista traz nas suas produções uma verdadeira explosão de criatividade, tendo liberdade para criar da forma espontânea. Maria gosta de ouvir música clássica na maioria das vezes para se concentrar em suas criações. Suas obras estão livres de restrições, o que se faz presente é a manifestação de suas emoções, que trazem a tona suas memórias do que viveu, dos lugares que passou e o que tudo causou em seu interior. Suas criações convidam o observador a engajar-se em um diálogo emocional sustentado consigo mesmo.