Percorri trajetórias diversas até encontrar, na arte, o meu idioma mais autêntico. Embora tenha uma formação acadêmica sólida em Ciências Farmacêuticas, levo da pesquisa e do rigor técnico para os processos criativos uma relação de escuta, observação e precisão. Hoje, minha produção tem se destacado pela aquarela, ainda que eu também tenha experimentado a pintura a óleo e outras linguagens pictóricas. Na aquarela, encontrei uma intimidade que vai além da técnica: um diálogo entre o silêncio da observação dos meus sentimentos e memórias, entre um mundo visível e o sensível, que se materializa em manchas translúcidas e gestos delicados.
Minhas séries abordam temas como pessoas, animais fantásticos, mares e emoções profundas — cada obra busca condensar tempo e experiência subjetiva em sínteses cromáticas. Entendo a pintura como um gesto contínuo de comunicação, capaz de mediar presença e ausência, interior e exterior, revelando o que se mostra e também o que permanece em silêncio. Meu trabalho é um convite à contemplação e ao afeto, por meio de uma visualidade poética marcada pela leveza, pela profundidade e pelo refinamento das composições