O Divino do Rio das Cobras
Cadastrado em 01/05/2021
Data:
2017
Tipo de obra:
Escultura
Técnica:
Metalrresina
Dimensões:
A 0,47 x L 0,54 x P 0,40
Localização:
Mogi das Cruzes-SP
Cor primária:
Azul
Cor secundária:
Branco
Movimento Artístico: Simbolismo, Surrealismo
Descrição:
Quando o mundo atingiu o seu último ápice apocalíptico, em 2012, o recorrente evento bíblico Dilúvio era ansiosamente abordado ou comentado pela sociedade global que já se encontrava tecnologicamente informatizada, desde então. Se por um lado morria o mundo naquele ano, por outro "renascia" o sobrevivente para transmitir aquilo que representa ou simboliza a fusão entre criador e criatura, o
Religare. "Isto só viria a me ocorrer, dali em diante, em um processo imersivo na história da Arca de Noé, que, ao soltar uma pomba branca com a esperança de que esta encontrasse um sinal de terra firme, perplexamente, ele, Noé, avista tal ave voltar com um sinal - um novo peixe - em seu bico, a mensagem de que a água poderia, e mesmo pode, ser mais do que simplesmente uma". Neste ínterim, o tal acontecimento marcante daquela época remota parece nos revelar uma colisão entre realidades subjacentes, em conformidade ou não com narrativas plurais da água diluviana e em períodos largamente distintos da história da humanidade.
A escultura o "Divino do Rio das Cobras" é o
insight decorrente desse mergulho no espaço-tempo que traz à tona essa revelação de aglutinação entre realidades pretéritas e almejadas num futuro breve ou distante, de certo modo. E,
Boigy das Cruzes é, fenomenalmente, uma das possibilidades paralelas da presença humana - onde o "
Divino Espírito Santo de Noé", no Rio das Cobras, transcende a expectativa ou memória - experimentando a bonança pós-catástrofe e ultrapassando a lógica do pensamento contemplativo ao se materializar, em dissonância, no sincretismo de elementos históricos subconscientes que são, neste caso, a água, a terra, o peixe, o ramo de oliveira, a pomba, a serpente... e o mundo.