Agotime

Autor: Bruno Pinheiro


Cadastrado em 26/10/2022
0

Data: 2022
Tipo de obra: Pintura
Técnica: Acrílica sobre tela
Dimensões: A 0,35 x L 0,27
Localização: Cor primária: vermelho
Cor secundária: violeta
Descrição: Agotime foi uma grande conhecedora do ritual dos voduns da realeza de Daomé (hoje, Benin) e a segunda esposa do Rei Agonglo. Este que nomeia seu filho (Gakpe) com Agotime, seu sucessor depois de consultar o oráculo e ele revelar que se seu filho primogênito assumisse o poder seria um governo sanguinário. Após a morte de Agonglo, Adonizan (o filho primogênito), dá um golpe de estado e assume o trono, exilando ainda criança Gakpe em Portugal e mandando prender Agotime sob acusação de feitiçaria. Em seguida, vende Agotime como escrava e assim ela chega na Bahia (Brasil), onde tem o primeiro contato com os africanos escravizados da nação Nagô e seus orixás a revelam que seu povo esperava por ela para iniciar o ritual Xelegbata, de cura, em Maranhão. Batizada Maria Jesuína, ao chegar no Brasil, ela trabalha em minas de ouro onde consegue desviar o ouro para pagar sua alforria. Alforriada, Maria Jesuína segue para o Maranhão e encontra seu povo, lá cria a Casa das Minas, primeiro lugar criado para religiões voduns no Brasil. Em 2002, a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Após alguns anos, Gakpe, filho de Agotime, volta para Daomé e retoma o trono, como uma de suas primeiras medidas, ele envia ao Brasil uma missão em busca de sua mãe. Como forma de gratidão, Gakpe, agora Ghezo, presenteia D. João VI com um trono real, este trono ficou em exposição por quase dois séculos no Museu Nacional até ser destruído no incêndio de 2018.

Fotos da obra

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
OK